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Redação

Sem Day Off é uma newsletter semanal no LinkedIn que aborda assuntos diversos através de uma perspectiva do design, explorando aspectos estéticos, narrativos e de desenvolvimento.

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Night City: O design e a experiência em cada vista distópica

O que torna um jogo de mundo aberto “incrível”? Sem dúvidas é a possibilidade de ver e interagir com um design espacial crível, que nos transporte para o universo do jogo e cumpre com a maior promessa das mídias contemporâneas, a imersão.

A construção de mundo (world-building) em Cyberpunk 2077, é de longe um dos melhores trabalhos já feitos nos últimos anos. Isso não se dá apenas pela dimensão estrutural da cidade, dos apartamentos e outras locações, mas principalmente pelo cuidado ao desenvolver o design ambiente, de ponta a ponta.

O design é a formação de ideias, seja o mundo físico em que vivemos, as experiências que desfrutamos, ou os sistemas que sustentam a forma como vivemos as nossas vidas.” Essa é uma definição do Design Council, e serve perfeitamente para entendermos o motivo do world-building ser o maior trunfo desse jogo.

No começo de Cyberpunk 2077, temos diferentes introduções a ambientes que, de certa forma, já são familiares, como a cidade a noite com aspectos de Blade Runner, ou as terras dos nômades que tanto lembram Mad Max. A perpectiva cyberpunk durante o dia, que remete totalmente a Total Recall e Minority Report. São incontáveis referências, e o que torna isso ainda melhor, é o background usado na composição de cada experiência de ambientação.

Os Quatro Pilares

Além do conteúdo da CD Projekt Red durante o lançamento de Cyberpunk 2077, e do livro The World of Cyberpunk 2077 de Marcin Batylda, existe o projeto do diretor de arte Vladimír Vilimovský, que explora os quatro principais pilares estéticos dentro de Night City: Kitsch, Entropismo, Neo-Militarismo e Neo Kistch.

Kitsch é um reflexo do exagero. O estilo surgiu em 1998 com a criação de Night City e deixa claro que a entrada da tecnologia foi exclusiva para a classe rica da cidade. Essa abundância ia além do uso dos ciberaprimoramentos, mas era uma declaração direta de que tudo se baseava na estética e não na funcionalidade. 

Nós conseguimos acompanhar a migração do estilo entre classes, quando notamos que o Kitsch está presente na arquitetura externa e interna de lugares que circundam o Centro da cidade, com muitas interferência de neon, poluição visual, cores vibrantes, metálicas e muitos objetos de diferentes materiais e formas experimentais.

A outra face desse estilo é o Entropismo, que reflete a pobreza e escassez de recursos. O estilo deixa de ser o foco principal, substituído pela necessidade. Visualmente, temos construções abandonadas ou com aspectos de abandono, o caos visual e menos saturado, carregado por tons de marrom, azul e amarelo. 

Muitas dessas características estão presentes nas áreas marginais, próximas de sistema de lixo, esgoto, ao redor de estradas principais. 

O Entropismo foi resultado da 4ª Guerra Corporativa, em 2020, que deixou cicatrizes em todas as classes da cidade, mas principalmente nas pobres, que foram o efeito colateral do conflito das megacorporações. Praticamente tudo, nesse estilo, reflete o improviso.

Neo Militarismo é o estilo mais minimalista presente em Cyberpunk. Tanto na moda quanto na arquitetura, esse estilo mostra imponência e carrega também fortes influências de gótico, porém, em termos de disposição. 

Predominantemente presente em áreas corporativas, os prédios Neo Militares possuem poucos detalhes, são como fortalezas gigantescas e robustas, tal como a vestimenta casual ou formal e os uniformes.

Após a 4ª Guerra Corporativa em 2020, as corporações entraram em diferentes corridas na busca de avanços tecnológicos, migrando o seu foco integralmente para o uso militar. Nas décadas seguintes, isso acabou desbancando a ideia da estética sobre o uso da tecnologia, agora se voltando para a utilidade e eficiência.

Por fim, o Neokitsch é o estilo mais recente em Night City, ele não possui muitas referências visuais diretamente na cidade, mas é possível encontrar ele em prédios como Konpeki Plaza e mesmo na mansão do Kerry Eurodyne. 

Porém, o Neokistch é muito encontrado dentro de instalações, em prédios na área da Corpo Plaza, apartamentos extremamente luxuosos marcados pelo exagero, mas agora, diferente do Kitsch, ele carrega cores pontuais saturadas e contrastando com o uso abusivo do dourado e prata, que está presente até mesmo como pele de alguns personagens.

O Neokitsch está presente entre a elite da cidade, onde as figuras mais importantes e poderosas fazem uso dessas características para mostrar seu poder capital e social.

Andando por Night City

Caminhar aleatoriamente por Night City é uma experiência única. Atravessando a cidade, conseguimos compreender todos esses aspectos dos designs presentes na cultura e na estética. 

Muitas vezes, algumas dessas características, são refletidas até mesmo nos hábitos de certos locais, como mercados lotados — Kitsch — na rua Jig Jig, onde há diveras pessoas transeuntes cruzando umas com as outras, podemos ver neon por todos os cantos, incontáveis vozes que se mistura, assim como mobiliários e decorações de diferentes estilos que se mesclam de forma curiosa.

Na periferia, o Entropismo é marcado pelas construções precárias que se acumulam umas sobre as outras. As informações nessa área são confusas, muitas vezes sequer fazendo sentido. Há clínicas de medicânicos ao lado de mercados, e ambos ao lado de sex shops. Essas áreas são cobertas por antenas, cabos, linhas de trem e passarelas, o que dá ênfase ao quão deslocadas elas são.

Cyberpunk 2077, apesar de não ofercer tanta interação com o ambiente quando poderia e esperávamos, proporciona uma experiência imersiva completa, e aos olhos do design, são horas explorando a curiosidade nos detalhes mais triviais da cidade. 

Se você se deixar levar, em alguns momentos é possível sentir o frenesi das ruas, a bafo quente dos boeiros e até mesmo o cheiro das barras de comida de rua.

A fatalidade da mensagem ambígua: Como Sorria erra como horror e pode ser um filme perigoso
Na publicidade existe uma espécie de lema que diz algo como:
"Uma mensagem não deve, de forma alguma, carregar ambiguidade."
E é isso que Sorria faz.

Ambiguidade talvez seja a melhor palavra para definir o filme Sorria de Parker Finn. Considerado um dos melhores filmes de horror de 2022, nós somos arrastados para uma história de mistérios e maldições, mas que exibem em suas entrelinhas, mensagens potencialmente perigosas. É sobre a construção narrativa desse roteiro que conversaremos, para entender o que torna Sorria um filme ambíguo e o quão nocivo pode ser uma mensagem errada ou mal interpretada.

Sorria não é um filme complexo, na verdade, ele entrega diversas conveniências desde o início, se propondo a não ser um filme mergulhado em analogias e filosofias que criam um thriller psicológico de horror, ele é simples! E para quem já assistiu Corrente do Mal do diretor David R. Mitchell, pode soar até como uma piada.

Em Sorria acompanhamos a vida da Doutora Rose Cotter (interpretada por Sosie Bacon, que inclusive já mandou muito bem em outros projetos, como Nosso Jeito de Ser). Rose é uma terapeuta dedicada que trabalha com diversos e variados pacientes com quadros de transtornos mentais. Em um certo momento, ela recebe uma paciente, Laura, que recém presenciou um suicídio, e está traumatizada: até aí, temos um bê-a-bá! Mas o lance é que o trauma da paciente não é simplesmente pela cena de horror que ela presenciou, mas por ela dizer que há algo sobrenatural a perseguindo, algo nocivo.

Rose tem uma breve conversa com Laura, guiada por diálogos clichês e céticos, tentando buscar soluções racionais e desdenhando as dores da paciente, acusando que seus sentimentos e perturbações são reflexos do seu trauma. Isso é bem comum, em boa parte do filme vamos encarar esse ceticismo, uma crítica a como socialmente lidamos com transtornos alheios, mas vamos chegar lá.

No final dessa conversa, Rose é surpreendida quando Laura tira a própria vida em frente a ela, e então o filme começa a andar. Nos próximos dias, Rose tem visões com a paciente morta, escuta e também vê outras coisas perturbadoras. Não demora para ela descobrir que o que Laura dizia sobre estar sendo perseguida por algo hostil era verdade, trata-se de uma maldição, uma entidade sobrenatural, que se agarra em testemunhas de suicídios de suas vítimas anteriores, quase como um vírus, talvez seja a melhor analogia.

Essa entidade corrompe as pessoas trazendo o horror para suas vidas, as perturba psicologicamente com visões e alucinações, além de lapsos da percepção da realidade não só para elas mesmas, mas com o mundo ao seu redor. E existem apenas três opções para se livrar dessa entidade. Mas antes de falarmos sobre elas, precisamos entender também como o mundo se comporta em relação às pessoas que estão “possuídas”, vamos dizer assim, pela entidade.

Quando Rose começa a mostrar sinais da sua perturbação para pessoas em sua vida, como seu esposo e irmã, ela é colocada em cheque, e é aqui que o filme começa a forçar a barra. Assim como foi com Laura, as ações incompreensíveis de Rose são constantemente julgadas como falsas, que ela está tendo efeitos de um trauma e está sobrecarregada com um trabalho que a consome, e além do suicídio que presenciou, também afetada por um evento do passado envolvendo sua mãe.

Suas atitudes cada vez mais violentas e imprevisíveis, apenas reforçam que ela está em uma condição de transtorno mental e precisa de ajuda. Parker Finn faz isso, ele explora a ideia de como existe um tabu em relação a transtornos mentais, a reação do mundo com Rose é o mais puro reflexo disso, é a virada do jogo, quando ela deixa de ser a pessoa que questiona a sanidade e começa a ser questionada.

Mas o que incomoda nessa construção ao redor do tabu é sobre a aceitação e a importância dos transtornos mentais e traumas, de que essas pessoas precisam de atenção, cuidado, tratamento e acima de tudo, empatia e respeito, e isso acaba sendo esculachado por cenas de desdém e piada, eventos em que é difícil acreditar que as pessoas tomariam atitudes como tomaram no filme.

Se tivermos um momento de suspensão de descrença, ainda é difícil.

Quando se trata de traumas e transtornos mentais, nós entendemos ser um tema sensível por estarmos em uma sociedade que ainda não sabe exatamente como lidar com isso, estamos evoluindo, a ciência está aprendendo, mas a ideia de um fardo, de que a convivência com pessoas que sofrem disso é uma tarefa exaustiva de cuidado e amor, ou algumas vezes também traumatizante, são substituídas no filme por simples argumentos de “você está louca”, “você perdeu a cabeça”, “você não sabe o que está fazendo”. E todo o potencial que poderia ser explorado em Sorria, todo o diálogo que poderia ser posto ao público para ao menos fazer com que as pessoas refletissem sobre a importância disso, é jogado pelo ralo e simplesmente substituído por cenas superficiais e jumpscares.

Apesar do filme possuir vários pontos interessantes, como trazer doenças e os traumas para mascarar uma criatura sobrenatural e a descrença da sociedade ser o que alimenta essa entidade, a fotografia, que mesmo simples consegue criar uma bela ambientação e com diferentes intensidades que cabem bem com as cenas, Sorria acaba se tornando um filme de horror e de sucesso (ultrapassando 100 milhões de dólares em bilheteria e com uma sequência quase certa), que também é um filme perigoso.

Agora, sim, podemos falar sobre as três formas de fugir da entidade.

O suicídio não é apenas uma maneira da entidade avançar para a próxima vítima, mas, apesar de não ser dito explicitamente no filme, ele surge como uma possibilidade para parar a entidade. Se a vítima se suicidar em isolamento, a entidade, possivelmente, acabaria presa com ela, pois não teria um expectador para o feito. Enquanto essa ideia parece plausível, ela é uma das mais tenebrosas se pensarmos que ela coloca a ideia do suicídio sendo uma válvula de escape para o trauma da personagem, seria tirar o fardo de jogo e livrar as pessoas, como se o sofrimento da personagem fosse algo que também traz, unicamente, o sofrimento de quem está ao seu redor.

Temos a segunda, ser tomado pela entidade até seu ato final, o suicídio por força desse ser sobrenatural e sua passagem para outra vítima. Um dos pontos que me incomoda com essa proposta, mas, ao mesmo tempo, é ligeiramente interessante, é como o trauma pode se propagar, não como uma doença, mas pela fragilidade que temos em encarar determinados eventos, nesse caso, o suicídio assistido poderia traumatizar o expectador, gerando um trauma igual ou mais nocivo e criando uma série de eventos desastrosos.

Por fim, a ideia mais deturpada de Sorria está no isolamento.

//Spoiler Alert!

Quando a sacada da Rose é se isolar para confrontar a entidade, ela cria uma perspectiva perigosa de que o trauma pode ser superado sozinho, de que talvez até deva. Não estamos falando aqui sobre a relevância de uma interpretação, na publicidade existe uma espécie de lema que diz algo como: “Uma mensagem não deve, de forma alguma, carregar ambiguidade”, e é isso que Rose faz quando aborda o isolamento, ela cria a ideia de que a opressão, da doença ou trauma, seja por parte da pessoa que sofre ou das pessoas que convivem com ela, é uma opção válida como uma soluçãoIsso é extremamente perigoso. Já foi dito que vivemos em uma sociedade que ainda não sabe lidar com esses pontos, mas é importante frisar isso, pois podemos colocar que o maior erro de Sorria é deixar com que suas intenções pudessem ser questionadas. Um roteiro que se esforça para vender uma imagem e esquece de se preocupar com detalhes que podem determinar o fracasso de qualquer produto, passando uma mensagem, mesmo que subjetiva, um tanto quanto perigosa.

Jornada sombria: desconstruindo a vingança em The Batman

Há tantos aspectos nesse filme sobre os quais eu gostaria de conversar, mas além do visual, da sonoridade, algo que o diretor Matt Reeves fez primorosamente, foi conduzir um storytelling além do roteiro, permitindo que Robert Pattinson, sem dúvidas, chegasse a outro patamar na pele do morcegão em The Batman. É sobre essa construção de personagem e história que vamos conversar, e buscar entender como Pattinson fez o Batman ainda melhor.

Antes de cairmos nas ruas encharcadas e caóticas de Gotham, somos introduzimos, em um tom contraído, sussurros de uma mente delirante, a de Bruce Wayne e seus registros diários. O breve monólogo nos proporciona a sensação de estarmos diante de um clássico noir, refletindo a decadência de Bruce em sua luta diária contra a criminalidade.

A publicidade do Morcego se fez sobre o medo. O Batman se tornou um acessório do terror, a figura sinistra oculta nas sombras da cidade, e até mesmo o holofote e seu símbolo deixaram de representar um pedido de socorro ou apelo pela justiça, e se tornaram um alerta de ameaça e castigo para a vilania de Gotham, um combate à violência, com violência.

É interessante destacar em The Batman, como ele se atém ao noir, despendendo tempo cuidadosamente nos permitindo analisar e reconhecer a ambientação e os mistérios. Ao contrário do que já vimos na trilogia O Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan, o Bruce Wayne de Reeves é uma criatura das sombras, que aterroriza e sequer se enxerga como Batman, mas como "Vingança", a sua cruzada. Isso é o que desmonta o herói e é aqui que nós vamos ver esses fragmentos.

SPOILER ALERT. Vou tentar ao máximo não dar spoilers, mas algumas coisas precisam ser ditas, portanto, se você ainda não assistir The Batman (2022), corre assistir e volta aqui.

Sob as sombras

A violência molda o Batman e Bruce, e temos a beleza de uma única figura, desconstruindo a ideia da máscara, seja ela o Morcego ou o homem, mas uma força unitária movida pela fúria e desejos, assim como sua insanidade e a anomalia na realidade que ele encara.

Os diálogos são enxutos, as expressões dolorosas, e cada capítulo do filme nos mostrar uma progressão das características da personagem, fazendo um caminho curioso pela jornada do herói.

Empatia

A evolução do caráter de Bruce é lenta, mas forte como um soco na cara. A primeira, chama-se Selina. Zoe Kravitz repara os erros do cinema com a personagem, entregando uma figura humana, falha e determinada. Não há heroísmo em sua jornada, mas um objetivo. Talvez essa maneira de lidar com a hostilidade de Gotham tenha sido o potencializador para a relação com Bruce, e fica claro que ele também sente essa empatia, pois ambos caminham juntos à beira de um precipício chamado "limite".

Mas, ao contrário de Bruce, Selina não se contém. Enquanto o Morcego se esforça pra seguir seu código moral, ela deixa claro que sua jornada é um "custe o que custar".

A charada

Paul Dano e todo o trabalho visual sobre o Charada, são no mínimo impressionantes. A captura do vilão na história, é o segundo passo na redefinição da personagem de Bruce. O diálogo entre Batman e Charada dão uma nova perspectiva para o Morcego, mais do que isso, demonstra uma verdade que ele até então vinha ignorando, o seu efeito sobre Gotham.

Isso destrói a moral do Morcego, de forma tão implacável quanto Bane o quebrando ao meio. Nesse momento, a sua ficha cai e então inicia-se o seu momento de transcender, encarar a sua imagem presente e compreender onde ele realmente deve se encaixar em Gotham.

A voz do povo

Gotham, o povo, não está só cansado do que há de errado na cidade, mas assim como Selina, estão no limite. Essa pressão, somado com os traumas de cada indivíduo e a influência de uma figura que faz justiça com as próprias mãos, mas glorificando a violência, só poderia desencadear eventos violentes.

De certa forma, é curioso também pensarmos se, a conduta do Batman fosse diferente, o que teria mudado em Gotham, talvez até mesmo as figuras vilãs só existam devido ao "efeito Batman" na cidade corrupta e corrompida.

A luz

O desfecho do filme nos arrasta como testemunhas de um desastre. Bruce acompanha a decadência da sua cidade, o caos se espalha e vidas começam a ser tomadas indo além do seu controle, trazendo para ele a sensação de impotência. Independente do quão determinado ele esteja, cair era inevitável. Ele é sugado por aquela que julgava ser sua aliada, a escuridão. Mas resgatando a essência do Morcego, após muita porrada, destruição e uma boa dose de Venom (provavelmente), temos o levante.

The dark knight rises, sim. A jornada de Bruce se mostra apenas começando, em um momento final que ilustra o seu levante das sombras para a luz, a resinificação das suas ações, da sua imagem e do seu efeito sobre a cidade e a sociedade.

Acredito que The Batman é um filme com muito para se discutir além das personagens e sua jornada, como fotografia, color grading, e a própria Gotham que se faz protagonista em todas as mídias já produzidas sobre o Morcego. Mas, quem sabe falemos disso em uma próxima conversa, não é?