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Março, 2024

4 mulheres que influenciaram a tatuagem contemporânea

tatuagem | 3 min de leitura 📖

O mundo já conheceu várias mulheres que tiveram um papel importante na história da tatuagem. Neste artigo vamos falar um pouco sobre quatro pioneiras que abriram caminho para a arte corporal contemporânea, não apenas como modelos expondo as artes em suas peles, mas também como artistas.

Via Wikipedia

Nora Hildebrandt

Chamada de "mãe de todas as mulheres de circo tatuadas" por Margot Mifflin, a americana Nora Hildebrandt se destacou pela exibição de suas tatuagens no final dos anos 1880 e com uma história na qual teria sido capturada por uma tribo indígena e tatuada por seu pai sob ameaças. Com 365 tatuagens, ela passou por diferentes locais, como o Museu Bunnell. Mas, ao contrário do que ela contava, suas tatuagens foram feitas por seu marido, Martin Hildebrandt, um imigrante alemão que começou a tatuar em 1846 e trabalhou como artista itinerante durante a guerra civil.

La Belle Irene

Irene Woodward, mais conhecida como La Belle Irene, deu a si mesma o título de "A Primeira Mulher Tatuada". Assim como Nora, ela dizia ter sido tatuada pelo pai, e as tatuagens eram uma "proteção" contra os indígenas. Sendo a primeira mulher tatuada ou não, La Belle Irene foi imortalizada pela sua longa carreira, na qual esteve exibindo suas tatuagens em museus e outros locais de atrações, grandes e pequenos, nos Estados Unidos e também pela Europa.

Olive Oatman

De tantas histórias, Olive Oatman foi quem mais influenciou as histórias de origem das tatuagens das mulheres de circo que diziam terem sido capturadas por indígenas. A família de Olive foi quase toda morta por um grupo de indígenas, e aos 14 anos ela foi levada pela tribo onde permaneceu até os seus 19 anos. Olive ficou conhecida pelas suas tatuagens, principalmente do queixo, feitas enquanto em cativeiro com espinhos de cacto, carvão e pó de uma pedra do Rio Colorado.

Maud Wagner

Maud Wagner talvez seja a mulher mais conhecida dos primórdios da tatuagem contemporânea, mas isso não se deve apenas ao seu visual e suas tatuagens, mas também ao seu trabalho. Uma das condições para o relacionamento e a vida itinerante, era que Gus Wagner, que viria a se tornar seu marido,  a tatuasse e também ensinasse a tatuar. Com isso, ela aprendeu a tatuar e também performar exibindo suas tatuagens. Durante as longas viagens, Maud teve uma filha, a qual passou seu conhecimento e já aos nove anos, Lovetta, estava tatuando. Além de artista e performista, Maud também influenciou outras mulheres tatuadas da época a complementarem suas rendas aprendendo e fazendo tatuagens.


Dicas de leitura:
Bodies of Subversion - Margot Mifflin
The Blue Tattoo - Margot Mifflin
The Tattooed Lady - Amelia Klem Osterud
Ancient Ink - Lars Krutak e Aaron Deter-Wolf


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